Fonte:www.misericordia.org
“Como o Pai me enviou, também eu vos envio” (Jo 20,21) é o título da Mensagem do Papa Bento XVI para o Dia Missionário Mundial de 2011. O mês missionário quer despertar, cultivar e fazer crescer em cada um de nós a consciência missionária. O mandamento missionário, confiado aos Apóstolos, continua válido em nossos dias.
O primeiro missionário foi o próprio Cristo, enviado ao mundo pelo Pai para anunciar a Boa-Nova do Reino.
Jesus, por sua vez, funda a Igreja e envia-a evangelizar todos os
povos, depois de enviar sobre ela o Espírito Santo, que a acompanhará e
conduzirá em sua tarefa. “Ai de mim, se eu não anunciar o
Evangelho!” (1 Cor 9,16). Neste sentido, a Igreja é toda missionária,
“enviada”, e o mundo inteiro é “terra de missão”. A missão é urgente. Constatamos
que o número dos que ignoram a Cristo, dos indiferentes e sem
religião, está aumentando. Urge, pois, renovar nosso empenho em levar a
todos o Evangelho com o entusiasmo dos primeiros cristãos.
Trata-se, como lemos na Mensagem do Papa, do “serviço mais precioso que a Igreja pode prestar à humanidade e a cada pessoa que está em busca das razões profundas para viver em plenitude a própria existência”.
As
pessoas que fizeram a experiência do encontro pessoal com Cristo
ressuscitado sentem a necessidade de anunciá-lo aos outros, como
fizeram os dois discípulos de Emaús. O beato João Paulo II
exortava a estarmos “vigilantes e prontos para reconhecer o rosto do
Ressuscitado e correr a levar aos nossos irmãos o grande anúncio:
“Vimos o Senhor!”(NMI, 59).
Após dois mil anos de evangelização,
existe um grande número de pessoas que ainda não chegaram ao
conhecimento de Jesus Cristo e da sua Mensagem de salvação. E o que
dizer daqueles que, embora tenham ouvido o anúncio do Evangelho, já não
mais vivem a sua fé? Aumenta o número dos que vivem como se Deus não existisse...
Todos os seres humanos são destinatários do Evangelho. O Evangelho não é um bem exclusivo de ninguém. É um dom a ser partilhado, uma Boa Notícia a ser comunicada a todos. Essa tarefa foi confiada a todos os batizados e batizadas.
As comunidades eclesiais, bem como cada fiel cristão, são responsáveis
pela evangelização, não de maneira opcional, mas como “uma necessidade
que se me impõe” (1 Cor 9, 16). Assim sendo, a dimensão missionária deve ser um compromisso assumido com ardor e amor por todos os fiéis cristãos,
deve impregnar todas as pastorais e movimentos, levando a um maior
conhecimento da pessoa de Cristo. Daí a necessidade de partirmos para a
animação bíblica de toda a pastoral. Precisamos não só acolher a
Palavra de Deus, senão também tornar-nos alma de toda a evangelização,
isto é, rever nossas pastorais à luz da Palavra e nela aprofundar seu
sentido missionário.
É
necessário verificar a nossa vivência cristã e coerência com o
Evangelho, a nossa atitude em relação à evangelização, para melhorar as
nossas práticas e as nossas estratégias de anúncio. Precisamos
interrogar-nos a fundo sobre a qualidade de nossa fé, sobre o nosso
modo de sentir e de ser cristãos, discípulos missionários de Jesus
Cristo enviados a anunciá-Lo ao mundo, de sermos testemunhas cheios do
Espírito Santo (cf. Lc 24, 48s; At 1, 8), chamados a fazer, das pessoas
de todas as nações, discípulos (cf. Mateus 28, 19s) (Documentos da
Igreja – 6, Edições CNBB, 1ª Edição – 2011, pág. 18).
A realização do próximo Sínodo dos Bispos, cujo Tema é: “A Nova Evangelização para a transmissão da fé cristã”, é motivo de esperança para um novo impulso da ação missionária.
“O Dia Missionário reavive em cada um o
desejo e a alegria de “ir” ao encontro da humanidade, levando Cristo a
todos!”, exorta Bento XVI.
Enfim, anunciemos Jesus Cristo com alegria!
“Maria é feliz porque tem fé, porque acreditou e, nesta fé, acolheu no
seu ventre o Verbo de Deus para dá-Lo ao mundo” (VD, 124).
Fonte:www.misericordia.org
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